Acorda Preguicinha

Acorda, hoje preciso de uma razão Agora o destino está nas minhas mãos Eu senti que este era o fim Eu cheguei ao limite de mim Palavras fora do tempo estou em contramão Fujo e corro, canto, grito para te afastar Vou sempre a tempo de escolher e de recomeçar Agora, agora A mente mente e o que sente tenta perceber Que a vida passa e o nosso tempo passa a correr Acorda, acorda Paro, faço de mim o meu próprio herói (herói, herói) Reparo, sou casa em mim e sei o que me mói (mói) Eu caí (caí), pensei (pensei) que era o fim Levantei (levantei), ergui-me (ergui-me) e olhei p'ra mim Escrevo, rescrevo, sigo sem medo de errar (oh) Fujo e corro, canto, grito para te afastar Vou sempre a tempo de escolher e de recomeçar (Agora) Agora, agora A mente mente e o que sente tenta perceber Que a vida passa e o nosso tempo passa a correr (Acorda) Acorda, acorda (Oh) Eu só queria parar de correr Respirar outra vez Trazer-me de volta (de volta) (Oh) E com o tempo eu sei que vou chegar Fujo e corro, canto, grito para te afastar Vou sempre a tempo de escolher e de recomeçar Agora, agora (acorda) Fujo e corro, canto, grito para te afastar Vou sempre a tempo de escolher e de recomeçar (Agora) Agora, (acorda) agora (Uh) A mente mente e o que sente tenta perceber Que a vida passa e o nosso tempo passa a correr (acorda) (Acorda) Acorda, (acorda) acorda

Acorda, amor Eu tive um pesadelo agora Sonhei que tinha gente lá fora Batendo no portão, que aflição Era a dura Numa muita escura viatura Minha nossa santa criatura Chame lá, chame lá, chame lá, chame lá Chame ladrão, chame ladrão! Acorda, amor Não é mais pesadelo, nada Tem gente já no vão da escada Fazendo confusão, que aflição São os home' E eu aqui parado, de pijama Eu não gosto de passar vexame Chame lá, chame lá, chame lá, chame lá Chame ladrão, chame ladrão! Se eu demorar uns meses Convém, às vezes, você sofrer Mas depois de um ano, eu não vindo Põe a roupa de domingo e pode me esquecer Acorda, amor Que o bicho é brabo e não sossega Se você corre, o bicho pega Se fica, não sei não, atenção Não demora De repente chega a sua hora Não discuta à toa, não reclame Chame lá, clame lá, clame lá, chame lá Chame ladrão, chame ladrão, chame ladrão Chame ladrão!

Era uma voz que eu ouvia de longe Me chamando enquanto amanhecia, Ou era o vento que vinha de fora e arrepiava por dentro. É hora vambora, ela disse: vambora. E me deu um desenho num papel pequeno, Num céu azul imenso, Acho que era o sonho em que eu voava por alta madrugada, Seus lábios me levavam ela, sussurava: acorda! Mas meus olhos se fechavam e assim eu ia... Uma estrada, uma trilha. Lembro que eu andava por veredas macias Debaixo do cacho da samambaia havia um cheiro que me atraia. Eu procurava, meio que meu perdia, Mas no calor dos seus bracos eu me encontrava. A gente acordava enquanto o sol nascia, Um suspiro e a cortina da janela se debatia. A vela sobre a mesa, a chama ainda acesa: bom dia. E a flor dela se abria.