Ela me olhou e disse "como vai você?" Um sentimento bom apareceu Mas nessa coisa de nunca deixar perceber Ela sorriu e saiu sem dizer E se eu disfarço o tempo passa Mas aqui nessa casa o tempo voa Não de me desfaça, odeio a farsa Mas sem você quem eu sou? E se eu te levar Pra perto de onde amanheça Um dia sem tristeza Um sonho de manhã Se eu te levar Pra perto de onde amanheça Um dia sem tristeza Um sonho de manhã Se não se importa hoje eu vou te levar Porque lá fora um dia o mundo pode ser só seu Aonde o tempo passe devagar Eu sei que se for bom não precisa correr Aquele som, aquele olhar Aquela luz, aquela paz Nesse lugar, não tem tristeza Aquele som, aquele olhar Aquela luz, aquela paz Nesse lugar, não tem tristeza Aquele som, aquele olhar Aquela luz, aquela paz Nesse lugar, não tem tristeza Não tem tristeza, não tem tristeza Não tem tristeza E se eu disfarço o tempo passa Mas aqui nessa casa o tempo voa Não de me desfaça, odeio a farsa Mas sem você quem eu sou? E se eu te levar Pra perto de onde amanheça Um dia sem tristeza Um sonho de manhã Se eu te levar Pra perto de onde amanheça Um dia sem tristeza Um sonho de manhã

Não vou viver como alguém que só espera um novo amor Há outras coisas no caminho onde eu vou Às vezes ando só, trocando passos com a solidão Momentos que são meus e que não abro mão Já sei olhar o rio por onde a vida passa Sem me precipitar e nem perder a hora Escuto no silêncio que há em mim e basta Outro tempo começou pra mim agora Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar Promessas que me fiz e que ainda não cumpri Palavras me aguardam o tempo exato pra falar Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir Já sei olhar o rio por onde a vida passa Sem me precipitar e nem perder a hora Escuto no silêncio que há em mim e basta Outro tempo começou pra mim agora Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você Vou deixar a rua me levar Ver a cidade se acender A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você

Dor, só caindo sei sorrir Compram dó, dinheiro corta flor Floresce cimento e queima todo grande mar Que país que cala? Sempre medo de gritar Brasil que sangra sem dor Grito alto, grito alto, não vi que perco a voz Suor que vira jantar Sento e cruzo a perna, nunca pude nem falar Como mudar se toda terra renasce em choro? Alago o chão de todo o muro estando em pé Glorificamos todos os ternos mesmo sujos Fácil iludir, toda a culpa queima muda

Fui já me rasgar Cortar, me quebrar É só respirar? Sofreu Engasgou, queimou, correu Fui sorrir, tremi, doeu Não volta Foi só me perder, morrer? Não voltei a ter sofrer Eu deixei cair, caiu Eu gostei de ver arder

Eu perco ar Em toda noite fico em claro, eu penso mais Me vi deitar no chão do quarto Apago a luz pra respirar Tento me abraçar Estico os braços, vejo que estão cansados Minha boca seca, dói Corpo cego, cala Como gritar? Só dito o silêncio da janela de casa Como soltar? Medo de andar só na rua Sempre fico em pé mas nunca mostro meu rosto Fico em pé sem cor, eu sempre guardei minha dor Como vou soltar são fracos meus braços? Rasgo a pele, não senti ela arder Vou pra sacada Escuto a voz que eu deveria estar ao lado E lá no alto Olho a cidade que anoitece e me abraça Noite clara me cuida Vento sopra e eu respiro

Carne, não sou carne Como fico em pé sem cor? Como fico em pé? Torre minha face, peito queima O medo cai, nunca mais dói Toque, treme, corre, morre Torre, toque, morre, nome Torce, come, some A mulher chora, deita Torce, come, some A mulher, a mulher Rezar não mudou Se culpar, se afogou Cala sem gritar Rasga a alma se entregar Toque, treme, corre, morre Torre, toque, morre, nome Torce, come, some A mulher chora, deita Torce, come, some A mulher, a mulher

Sento nos fundos do meu prédio Não tenho idade pra chorar Escondo os olhos, com vergonha Fico, só Mas como dói, como dói, fingir sorrir ah Como vou mudar? Sempre grito o que achei que é real Pra quem vou provar? Não quero vender o que eu sou Nunca guardei a minha pele Sempre abracei quem não me abraça Medo de estender minha mão Mas como fechar Mas como dói, como dói, fingir sorrir ah Como vou mudar? Sempre grito o que achei que é real Pra quem vou provar? Não quero vender o que eu sou Como vou mudar? Sempre grito o que achei que é real Pra quem vou provar? Não quero vender o que eu sou